segunda-feira, 22 de setembro de 2008

feouubenmgv

Eu estava sem net, uns dias sem posta, mais não sem sentir.

18.09.08

Quantas gotas de ódio são necessárias para excitar o que há de porco e podre em você?

Atenção, não escreva no livro, não mije na grama, não converse com os animais, faça uma analogia crônica com uma reação química, queira átomos e elementos, resuma inícios de cada conjunto, escreva sem sair das linhas, deixe sobrar parafusos e porcas, não use roupas fora da moda, apague seu futuro não corte seus pulsos, e seja o que eu mando.
Preciso respirar, preciso de sal e músicas novas, preciso ver TV, preciso ver que sou idiota também, preciso prender meus cabelos, e achar uma nova ordem para as árvores inexistentes lá de perto de casa.
Putas regras, malditas, arruelas quadradas, redundâncias sem nexo, óculos para cegos, hidrogênio vermelho, borrachas para escrever, amores para sempre, antenas para pandas, asas para ET’s, 32g de hidrocarboneto para 100g de carbono, Putas regras malditas não me deixam viver em paz [preciso me encontrar].


19.09.08

Vida com paz e um pouco de ilusão, nada mais.

Eu não sei como será essa noite, mais sei que o dia foi pesado, não só mais um que vai cair na rotina, mais que vai marcar para sempre, deixando uma marca, um machucado no qual passarei até minha morte trocando o curativo.
É estranho pensar que o seu porto seguro partiu, e junto com as ondas que sempre te levaram, desta vez te dá adeus. Eu posso não ser clara ao escrever, mais insto se dá ao fato de eu não entender nada do que sinto, este furacão de sentimentos sempre me traz prejuízos, mortos e uma taxa grande de machucados.
Sem teto, sem água, sem luz, órfã, sem amigos, sem bens materiais, sem amor, sem ajuda e me afogando nesse mar de lágrimas compostas por água, sal e tristeza, saindo por um buraco facial que nunca mais vai ver o mundo como antes. Eu nunca estive bem, agora eu só estou pior um pouco.

21.09.08

E depois de ter perdido uma noite e um dia chorando por tudo, eu me pego sentada no canto do quarto esquecendo das sujeiras que eu carrego na alma, só tentava me esquecer daquela maldade, misturada com rebeldia que não saiam dos meus ouvidos, meus cabelos agora acima do ombro, minha unha tão nova e descascada, as lágrimas que descem molham, mais nem faz mais diferença.
Estou decapitada, meu coração assumiu o poder, os camponeses que me habitavam andam da esquerda para a direita, desolados e perdidos com eu. Mais eu prefiro ficar parada, quem sabe aqui eu não incomode ninguém.
Eu não sei para onde minhas lágrimas vão, eu não consigo parar de falar de mim, o lugar deve estar cheio, eu preciso parar de chorar.
Meu loiro parece está marrom, meu preto meio cinza, eu estou tão sem vida, e esse canto quebrado do espelho agora guarda meus segredos, ali de baixo, um lugar tão obscuro, guarda o que já me gerou boas dores de cabeça, inimizades e mais. As flores estão verdes e os abortos parecem até normais, as doenças não me assustam e a minha morte está bem longe do inferno.
Eu vejo algo bem no fundo dos meus olhos, talvez nem sejam meus, esse espelho quebrado me esperava nesse canto escuro, meus pulsos o seduziram e de dois, surgiram um só.

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