sábado, 20 de setembro de 2008

- noite me transformou

Meus olhos estão inchados até agora, eu não consigo pensar em outra coisa e não tenho ideias novas. Meu corpo está quente o bastante para suportar este frio sem roupas, e está suportando. As músicas são tristes e minha mente está censurando tudo.

Eu sinto as borboletas do estômago se transformando em rinocerontes enormes transfigurando meu rosto e deixando livres meus clichés, agora eles estão livres para voar, eles não sabem para onde ir e nem eu.

A ideia do que eu já fui um dia me assombra a memória sempre que eu estou só.

Eu sei que aqui não é meu lugar , portanto eu preciso partir e logo, eu nunca vou ser feliz aqui, este cubo preto no qual estou subestimada a viver já não é como antigamente. Agora ele é frio, e minhas lágrimas grudaram na parede e estão escorrendo como suor quando se está a beira da morte.

Eu não consigo amar ninguém , eu estou tentando mais não dá, este segundo em que estou presa não é dos melhores, estou me sufocando de tanto ódio.

Eu deixei tanta gente ontem falando sozinha e não consigo me importar, eu não sei quanto tempo meu corpo físico vai aguentar sem minha alma, ela fugiu na calada da noite, mais minha insónia me deixou ver, nem eu sinto falta, agora eu me juntei a eles e sou só mais uma máquina no mundo sem alma e sem sentimento, só reproduzindo o que mandam, eu espero que isso mude o mais rápido possível, porque já estou vendo os rinocerontes voltando em minha direção, eu fiquei com o perdão deles e essa é minha melhor arma.

meu corpo está num torpor profundo, eu sou incapaz de fazer qualquer movimento, eu sinto as lágrimas descendo e molhando onde antes habitava um coração.

Um comentário:

Tham disse...

não sei se você já leu meu post .. mas acho que falavamos de coisas parecidas ..

isso da medo oõ